sexta-feira, 10 de setembro de 2010

Ira

naquela hora não sabia se agradecia ou lamentava o fato de não ter uma arma. porque mataria alguém sem pensar duas vezes tamanha sua raiva.
se há duas horas atrás já estava puto, agora estava com o demônio no corpo; tamanho seu ódio.
praguejava aos quatro ventos tudo e todos e não se importava se o ouviriam ou não. só queria extravasar sua raiva. tentava, dessa forma, aliviar sua tensão. era sua forma estranha de dividir com o mundo o peso do fardo que carregava. não bastasse o programa de sexta-feira a noite cancelado por motivos alheios a sua vontade e sua internet que insistia em aborrecê-lo, também teve que de se alterar com um amigo de longa data pelo qual possui muito apreço.
depois de rodar o quarto inúmeras vezes, bater na parede e ser até interrompido pelo vizinho tocando a campainha, dizendo que já estava na hora de parar de esmurrar tudo, deitou na cama e começou a pensar.
perdido em seus devaneios, desistiu de praguejar e adormeceu.



Ira, s.f. :
1.Paixão que incita toda a nossa agressividade contra alguém ou algo;
2.Raiva, cólera, fúria;
3.A ira é um dos sete pecados capitais.

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